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A estreia comercial da B’IPA – a primogênita da Sinnatrah Cervejaria-Escola

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A noite de estreia da B’IPA, nascida como cerveja caseira a cerca de 7 anos, em uma cervejaria comercial foi definitivamente especial. Além do show proporcionado pelo filtro de lúpulos (é, valeu a pena correr o risco de ser parado no aeroporto e ter meu “contrabando” de lúpulos confundido com o transporte de flores da sua “prima” famosa e marginalizada!), também trouxe lembranças bem agradáveis do nosso início no mundo da cerveja artesanal.

A experiência de consumi-la novamente em uma Pint Nonic (a primeira vez também foi numa dessas, “adquirida” em um pub inglês de Londres e transportada na mala junto com algumas cervejas na volta da minha primeira viagem a Europa) me lembrou da sensação que tivemos com a nossa primeira cerveja produzida na cozinha do apartamento do BNH da Vila Madalena (onde a Sinnatrah nasceu) que ficou digna de orgulho e vontade de mostrar para os amigos! Lembro-me como se fosse ontem de ter ficado maravilhado com o aroma da cerveja e de ter cheirado efusivamente nossa criação antes de cada um dos goles.

Amargor intenso e agradável, com duração na medida exata para implorar por outro gole. De cor âmbar, carbonatação baixa (assim como deve ser!), com uma bela espuma branca cremosa e extremamente duradora. Assustadoramente equilibrada, nem de longe parece ter (quase) 7% de álcool. Obviamente não fiz análise como essa na época da primeira leva. Estava estarrecido pela característica mais agradável, surpreendente e desejável para mim, cervejeiro caseiro iniciante que já admirava as Ales inglesas – seu delicioso aroma de lúpulos (terrosos e herbais, eu incluiria hoje).   Mas a receita que foi feita em escala comercial é a mesma que foi aprimorada em mais de 30 levas caseiras. E logo nos primeiros goles, ou melhor, nas primeiras “cheiradas” encontrou na minha memória sensorial aqueles saudosos dias nos quais brassamos, envasamos e degustamos o LOTE 1 da Braz’India Pale Ale.

Foi também sensacional pedir para os garçons: “uma pint de B’IPA, por favor!” ou “sim, quero os meus doubles de B’IPA, por favor!”. E ainda ver velhos e novos amigos, assim como ex-alunos fazendo os mesmos pedidos e curtindo bastante as características da nossa primogênita.

Para quem perdeu a estreia, ainda da tempo. Não deixem de experimentar! A B’IPA será servida na Nacional até que “o que sobrou” dos 500L – após a segunda-feira de estreia – acabem.

E para quem ainda não sabe como fazer a SUA PRÓPRIA primeira cerveja, dia 17 de novembro ministraremos uma turma extra do Curso Básico de Cerveja Artesanal Sinnatrah! Uma excelente forma de aproveitar o feriadaço!

Saúde!

Rodrigo

Como fizemos o inédito filtro de lúpulos para a estreia da B´IPA

No último dia 5/11 nós tivemos mais uma grande noite na história da Sinnatrah Cervejaria-Escola com a estreia da B’IPA como uma sazonal da Cervejaria Nacional. Fazer parte da lista de cervejas da cervejaria nos enche de orgulho e a demonstração de carinho dos amigos que apareceram na noite de segunda lá na Nacional foi sensacional.

Além de estrearmos a cerveja, que passou por tradicional dry-hopping com os lúpulos Fuggles e East Kent Goldings, utilizamos um filtro de lúpulos em flor, cujo objetivo é dar aquele toque extra no aroma da cerveja, nesse caso as notas terrosas do East Kent Goldings. Ou seja, assim que a cerveja era servida da chopeira, ela passava pelas flores verdes do lúpulo antes de cair para o copo.

Não tenho o conhecimento de tal traquitana ter sido utilizada por cervejarias comerciais alguma vez antes de nós, ou seja, a Sinnatrah e a Nacional trazem, de novo, o diferente para o nosso cada vez mais amplo universo cervejeiro.

O filtro em si é um dispositivo bem simples, porém a montagem não é tão trivial. A inspiração veio do Concurso Nacional das Acervas em Porto Alegre, 3 anos atrás e desde então eu quis montar um filtro desses. Bem, o filtro é uma carcaça normal de filtro de água, daqueles que usam um elemento filtrante de polipropileno ou celulose. Você pode adquirir um sem o elemento filtrante, e foi isso que eu fiz. As conexões são simples, de PVC ou plástico para ligar as mangueiras de entrada e saída de cerveja. A saída vai direto para a chopeira, no nosso caso uma a gelo, e a entrada vem do barril. A partir daí a trama se complica um pouco.

O desafio é evitar que as flores de lúpulo entupam a torneira da chopeira, ou o elemento filtrante seja muito restringente a ponto de aumentar muito a pressão na mangueira ou no próprio filtro. Para isso é preciso bolar algum esquema.

Minha solução foi utilizar um cano de PVC de ¾” cortado exatamente do tamanho do filtro, com duas grandes aberturas cravadas e um corte para se adaptar a tampa do filtro. As grandes aberturas do cano foram recobertas por uma tela de nylon, presa com abraçadeiras plásticas, formando um elemento filtrante.

Visão de cima do “esquema” do filtro de lúpulos

Bom, a peça é encaixada no fundo do compartimento principal e as flores posicionadas em volta. Voilá, eis que temos um hop filter para alegrar até o mais exigente lupulomaníaco. E foi assim que a B’IPA fez sua estreia numa cervejaria comercial, respeitosamente servida através das flores de East Kent Goldings.

Abraços

Alexandre Sigolo

XXII Turma do Curso de Cerveja Caseira Sinnatrah – Gringa, iniciados e iniciantes.

Amig@s cervejeiros,

No último sábado, 27 de outubro realizamos mais uma turma do nosso curso de cerveja caseira. Foram 22 felizardos que conseguiram se inscrever antes das vagas terminarem e o curso começou pontualmente as 10h, mais uma mostra que o pessoal não está para brincadeira e quer mesmo fazer suas produções na cozinha de casa. Entre os participantes algumas pessoas com boas noções de cerveja caseira, outros com kits já comprados ou grupos formados e uma estrangeira de Uganda, que vive no Brasil há alguns anos. Presenças ilustres que tornaram nosso sábado caloroso muito agradável.

Fizemos mais um lote da nossa já tradicional American Pale Ale, bum lupulada com Cascade e Columbus, cor caramelo-claro e possíveis 4,2% abv. A fermentação deve ocorrer a uma temperatura levemente mais alta, enfrentamos uma onda de calor na cidade, assim um perfil aromático mais frutado poderá aparecer. Nossos alunos poderão conferir além do sabor da cerveja o processo de envase daqui a 15 dias, quando retornarão a Sinnatrah.

Essa turma foi preenchida rapidamente, fique ligado no nosso calendário para não perder a próxima turma, que acontece dia 10 de novembro. Comece o ano com uma habilidade nova e tomando cerveja de qualidade superior.

Grande abraço, obrigado e saúde!

Alexandre Sigolo

 

Novembro recheado de novidades da parceria Sinnatrah-Nacional!!!

Quinhentos litros de B’IPA e Encontro de Cervejeiros Paulistanos na Cervejaria Nacional – IMPERDÍVEL!!!

Bom pessoal, depois de algumas semanas entre cozimento, fermentação e dry-hopping, o carro chefe da Sinnatrah Cervejaria-Escola, a B’IPA, finalmente foi para o barril para um merecido descanso até o dia 5 de novembro quando será desfrutada pela primeira vez na Cervejaria Nacional. Antes disso temos o Curso de Cerveja Caseira lá na Sinnatrah. Inspirem-se.

Relembrando: utilizamos a receita clássica com os maltes Pale Ale e CaraAroma, o que contribuiu para uma cerveja com mais corpo que uma IPA americana, de coloração âmbar-alaranjado. O amargor ficou a cargo do Galena e do Columbus e os 60 IBU estão evidentes, embora bem arredondados pela maturação a frio. No aroma usamos o Fuggles e o East Kent Goldings, o que faz com que esse atributo varie entre o herbal clássico e o terroso intenso. Essa dupla foi utilizada também no dry-hopping, aquela técnica utilizada para dar mais ênfase ao aroma, colocando os lúpulos na maturação. Sua rinite não será obstáculo para o frescor do aroma na cerveja.

A B’IPA será lançada, como dito, dia 5 de novembro, na Cervejaria Nacional e se tudo correr bem, será servida através de um filtro de lúpulos em flor, sonho deste que escreve desde sempre. O mês de novembro também reserva outras surpresas, além da B’IPA na torneira.

No dia 12 de novembro realizaremos um encontro na Cervejaria Nacional, nos moldes do Encontro de Cervejeiros Paulistanos, que rola na Sinnatrah Cervejaria Escola. Quem se interessar é só trazer suas cervejas feitas em casa aqui na Nacional, à partir das 18h, para degustação e um bate papo sobre cerveja caseira. Tem dúvidas de produção? Apareça aqui e converse com o pessoal. Se você trouxer cerveja, por favor, se inscreva antes no contato@cervejarianacional.com.br e diga o que e qual volume está trazendo.

No dia 25 de novembro acontece a festa de premiação do III Concurso de Cerveja Artesanal da Acerva. Grande festa onde será servida a receita vencedora do concurso, uma Oatmeal Stout.

É isso amigos, vamos nos falando.

Abraços

Alexandre Sigolo